Uso de máscara não afeta a respiração nem resposta cardiovascular durante exercício físico

 

 

É gratificante ver um estudo que demandou meses de trabalho duro ser divulgado em importantes veículos de comunicação como o nosso.

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2022/01/uso-de-mascara-nao-afeta-a-respiracao-nem-resposta-cardiovascular-durante-exercicio-fisico.shtml

https://revistapesquisa.fapesp.br/estudos-detalham-a-eficiencia-das-mascaras/

https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231435-usar-mascara-nao-afeta-respiracao-exercicio-fisico-diz-pesquisa.htm?

https://revistapesquisa.fapesp.br/estudos-detalham-a-eficiencia-das-mascaras/

Apesar de grande o tempo despendido pra coletar e analisar esses dados, sentimos que não foi sofrido, isso se deve ao fato de trabalharmos com pessoas dispostas a fazer e entregar ciência de qualidade.

Junto com o sentimento de felicidade, veio a vontade de esclarecer alguns pontos, visto que milhares de pessoas ignoram um artigo completo.

O estudo teve como objetivo avaliar as diferenças cardiorrespiratórias durante o exercício físico aeróbico ao utilizar uma máscara de tecido de tripla camada (modelo recomendado pela OMS para a prática de exercício durante a pandemia do Coronavírus).

Finalizamos com 35 participantes (17 homens e 18 mulheres), os quais foram submetidos a vários testes ergoespirometricos com e sem máscara de tecido, em esteira com diferentes intensidades de esforço.

Explicando os principais resultados de maneira simplificada e rebatendo os pontos que estão sendo alvo de críticas:

– A frequência respiratória foi reduzida pela máscara de tecido no estágio final do exercício.

– A máscara afetou a capacidade inspiratória em todos as intensidades do exercício.

E apesar desses dois pontos importantes:

– O uso de máscara NÃO afetou de maneira significativa a frequência cardíaca, lactato, percepção de esforço, pressão arterial e saturação de oxigênio.

Conclusão: A máscara de tecido não afetou substancialmente as variáveis fisiológicas ou metabólicas durante o exercício físico aeróbico. Apesar de causar desconforto, são seguras e não alteram o desempenho nas intensidades moderada a vigorosa. Portanto, a máscara não deve ser uma barreira para a prática de atividade física!

*O estudo está em pre print

**Assim como todos os estudos este também possui limitações e naturalmente que os resultados não podem ser extrapolados para outras populações clínicas, condições ambientais ou outras modalidades/intensidades de exercícios.

Para ler os artigos, clique nos links abaixo:

Journal Plos One

Journal of Physical Activity and Health

#usp #doutorado

Drª. Natália M. Guardieiro<BR>CRM: 164612

Drª. Natália M. Guardieiro
CRM: 164612

É médica do esporte, preceptora e assistente no Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), especializada em fisiologia do exercício, nutrologia e dor. Trabalha no Clube Paineiras, HCFMUSP e na clínica Move (SP), acompanhou atletas de alta-performance na Copa do Mundo 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Praticante de esportes como boxe, ciclismo e yoga, acredita no exercício físico como parte da medicina. Entre em contato em: (11) 975580047 ou contato@nataliaguardieiro.com.br

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